Biodiversidade viva, Humanidade presente

Quando se pesquisa o que é “Biodiversidade” no Google, algumas palavras soltas e etimologias aparecem.  Formada do grego “bio” (que significa vida) com a palavra “diversidade”, ela perpassa muitos cantinhos de nossas vivências no planeta. A variedade de águas, árvores, animais, ventos, humanos, gostos, sabores e cheiros que moram nesta bolinha grande azul. Uma variedade de vida - como se diz o significado “puro” da palavra - compreende significados e reflexões que dariam umas cinco enciclopédias.

Como é essencial falar de vida, neste Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi instituída pela ONU em 1992, quatro anos depois da morte de Chico, que lutou ferrenhamente pela defesa das vidas presentes na Amazônia. Após o assassinato de Chico Mendes, em um sentimento de luto, o mundo cada vez se juntou em uma luta por estas vidas que ele tanto defendeu. Neste mesmo 92, eventos como a Rio-92 - conferência da ONU para se discutir sustentabilidade a nível global -, além de documentos a mil, que alertavam e comprometiam cidadãos e autoridades no propósito único de proteger, enquanto ainda tem tempo.

 Mais de 30 anos depois, a meta ainda é essa, proteger. Mas talvez não tenhamos tanto tempo assim. Projetos de lei, como uma rodovia que pretendia rasgar a Serra do Divisor - berço da maior biodiversidade da Amazônia -, são defendidos por políticos. Órgãos fiscalizadores do estado alegam “desenvolvimento” e continuam mantendo discursos para que essa meta fique viva. Que ela não morra. Esse tipo de política devasta e não liga para povos indígenas, animais, árvores e pior, continua resistindo. Esse foi um, mas sempre vem um próximo.

Afinal, como querem tanto matar aquilo que nos ajuda a vida? Chico, em sua militância, falava do ‘valor da floresta em pé’.  “Eu tenho certeza que a floresta em pé vale mais que a derrubada, eu tenho certeza disso, ainda vão provar”. E a luta continua por isso. Em tempos em que, infelizmente, desastres naturais são cada vez mais corriqueiros em nossos estados, em nossas cidades e com nossos corpos, que a briga pela nossa vida possa continuar resistindo

A variedade de vidas na Amazônia, na Serra e ao nosso redor deve ser mantida em pé, precisa ser. Assim, como Chico tanto falava. E um dia, que a gente possa provar para quem destrói que a floresta vale, mais sim, em pé. Pois, o planeta já avisou. E talvez não tenhamos, mesmo, tanto tempo assim.

Venha e se achegue com  a gente, e faça parte deste nascimento de ideias e proteção pela Amazônia. Conheça e apoie o Comitê Chico Mendes e junte-se a essa luta!

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