
Um legado
de luta e
resistência!
Patrono do meio ambiente
A luta de Chico Mendes em prol dos povos da floresta e pela conservação da Amazônia motivou homenagens com nomes de escolas, parques, prêmios, instituições e é reconhecido internacionalmente.
Quando vivo, Chico foi agraciado com diversos prêmios, dentre eles o Global 500, oferecido pela ONU por sua luta em defesa do meio ambiente, na Inglaterra e a Medalha de Meio Ambiente da Better World Society, nos Estados Unidos Em 2004, Chico Mendes foi reconhecido como Herói da Pátria, tendo seu nome escrito Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, e em 2013, foi declarado Patrono Nacional do Meio Ambiente.
O Projeto de Lei, iniciativa da deputada federal Janete Capiberibe, Amapá, eleva Chico Mendes a patrono do Meio Ambiente brasileiro. A Lei 12.892/2013 foi sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União no dia 16 de dezembro de 2013.


O extrativismo
como modo de
vida e preservação
Reservas extrativistas
A Reserva Extrativista é uma modalidade peculiar de reforma agrária e unidade de conservação, formulada pelos seringueiros da Amazônia em 1985, que visa a proteção e o uso sustentável dos recursos naturais, assegurando o direito de comunidades tradicionais aos territórios onde sempre viveram. Inspiradas nas terras indígenas, as áreas são demarcadas como territórios contínuos, de propriedade do Estado, cedidos para o uso dos extrativistas.


Povos da Floresta
unidos, comunidades e territórios
protegidos!.
Aliança dos Povos da Floresta
Originalmente, a Aliança dos Povos da Floresta, formada pelo Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS)e a União das Nações Indígenas (UNI), foi idealizada por Chico Mendes.
Na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (1983-1988) convidar líderes indígenas para reuniões onde debatiam alternativas aos desmatamentos e queimadas.
A Aliança dos Povos da Floresta foi anunciada em janeiro de 1987 em Brasília durante o lançamento de Campanha em Defesa da Amazônia, onde denunciaram o aumento dos desmatamentos e a necessidade de uma política de proteção aos territórios. A aliança visava fortalecer os vínculos entre índios e seringueiros, entendendo que havia interesses comuns na defesa da mata e de um modelo de desenvolvimento para a Amazônia que respeitasse seus modos de vida.
Empates
É uma forma de luta para impedir o desmatamento, é forma pacífica de resistência. No início, não soubemos agir.
Começavam os desmatamentos e nós, ingenuamente, íamos à Justiça, ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), e aos jornais denunciar. Não adiantava nada. No empate, a comunidade se organiza, sob a liderança do sindicato, e, em mutirão, se dirige à área que será desmatada pelos pecuaristas.
A gente se coloca diante dos peões e jagunços, com nossa famílias, mulheres, crianças e velhos, e pedimos para eles não desmatarem e se retirarem do local. Eles, como trabalhadores, a gente explica, estão também com o futuro ameaçado. E esse discurso, emocionado sempre gera resultados. Até porque quem desmata é o peão simples, indefeso e inconsciente. (Fala de Chico Mendes sobre os empates)


Alfabetizando os povos da floresta
Projeto Seringueiro
Chico Mendes foi, pelo exemplo, um grande educador, e pela prática, um grande incentivador da Educação. Foi sob sua inspiração e com a ajuda da antropóloga Mary Allegretti que se organizou o Projeto Seringueiro e, por meio dele, a primeira escola para seringueiros na Amazônia, em 1981.
Denominada Wilson Pinheiro, a escola foi construída na colocação “Já Com Fome”, no seringal Nazaré, hoje Reserva Extrativista Chico Mendes, e começou a funcionar com 14 alunos, todos adultos. Ainda na década de oitenta, o projeto contou com a coordenação da ONG acreana Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA) e, mais tarde, no início da década de 1990, se tornou política oficial de ensino do governo do Acre. O Projeto Seringueiro, apoiado por um grupo de técnicos e educadores com incentivo de Chico Mendes, já havia estabelecido uma rede com 51 escolas, atendendo mais de mil crianças nos seringais.
